domingo, 3 de outubro de 2010

A História da 'Fórmula Indy' - Terceira Parte

O Apogeu - A Era CART (1979-2003)
A CART (Championship Auto Racing Teams) tinha sólidos principios democráticos: Seu corpo diretor era eleito pelos próprios donos de equipe, a organização dos eventos era distribuida de forma racional entre eles, bem como a pluralidade de escolha de motores, chassis e componentes.
Obviamente, a USAC tentou inúmeras formas de evitar a criação da categoria, desde ações judiciais até pedir a anulação dela junto à representação da FIA nos EUA, a ACCUS. Em vão. Em 1979, dois campeonatos nacionais distintos ocorreram na América, mas ao final deste, a USAC desiste da briga e passa a gerir apenas a Indy 500 por alguns anos, devido a questões jurídicas.
Um detalhe importante: como a AAA, a USAC também existe até hoje, e, entre outras coisas,organiza  um  peculiar campeonato de gaiolas, que nada mais são do que a continuidade das famosas Silver Crowns (Campeonatos de Pista  de Terra), típicos dos tempos dos roadsters.
Veja mais detalhes em http://www.usacracing.com/ As Golden Crowns, termo para definir os campeonatos em ovais asfaltados, caiu em desuso já no final dos anos ´70.
Na primeira metade da década de ´80, a CART manteve sua essência de uma categoria americana, pois poucos pilotos estrangeiros tentaram fazer a América. O ingresso tímido de Emerson Fittipaldi, em 1984, despertou um interesse semelhante ao ocorrido nos anos ´60 (a invasão britânica), mas agora tratava-se de uma invasão mundial, com pilotos de vários países. Nomes como Al Unser Jr, Rick Mears, Bobby Rahal, Nigel Mansell, André Ribeiro, Alex Zanardi, Paul Tracy, marcam a história da CART.

Apesar da mídia mundial propalar aos quatro ventos o ingresso de Lewis Hamilton na F1 em 2007, o primeiro afro-descendente numa categoria top fez sua estréia na CART, em 1990. Willy T. Ribbs. construiu sua carreira na Europa (F-Ford Dunlop Series, onde foi campeão em 1975), mas optou em correr nos EUA mesmo após testar a Brabham F-1 no início dos anos ´80. Em 1991, escreveu definitivamente seu nome na história do esporte automotor ao se qualificar na Indy 500.

Nos anos ´90, a CART chega ao auge, rivaliza com a F1 como categoria top no automobilismo, expandindo suas fronteiras para a América Latina (México e Brasil), Austrália, Japão, Canadá e Europa (Inglaterra, Bélgica e Alemanha). Como consequência direta e indesejável, os custos da categoria em termos de orçamento estavam muito próximos aos da F1 (onde as equipes encontram o respaldo financeiro quase inesgotável das montadoras). Na verdade, a CART estava se espelhando demais na F1, enfatizando os circuitos mistos e minimizando a importância dos ovais, principalmente a Indy 500. Um paradoxo perigoso, pois o próprio público americano (e muitos patrocinadores também...) estavam fartos de verem tantos estrangeiros invadirem (e ganharem) na categoria, onde predominavam os circuitos mistos e de rua.
Em 1996, seguindo o exemplo de seu avô Tony Hulman, um certo Tony George, herdeiro do Indianapolis Motor Speedway, rompe com a CART e cria sua própria categoria, a IRL.

The fab four: Rick Mears, A.J. Foyt, Al Unser e Johnny Rutherford
Willy T. Ribbs, um pioneiro.
Rick Mears e sua Penske-Pennzoil. Marcando época.
Bobby Rahal, mais uma lenda.

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