quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PRIMEIRO SORTEIO DO BLOG!





Para iniciar 2011 com o pé direito (o pé do acelerador...), estou realizando o primeiro sorteio do blog:

Uma miniatura do CAMARO SS, Pace Car da Indy 500 - 2009

Regras para participar:

1) Ser seguidor (a) público (a) do blog
2) Ter endereço de entrega no Brasil
3) Preencher o formulário abaixo ( No campo nome, coloque seu nome de seguidor):


Inscrições até: dia 31 de janeiro de 2011 às 22:00h

Resultado: dia 01 de fevereiro de 2011 (terça-feira)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ricky Bobby - A Toda Velocidade (Uma divertida caricatura sobre a NASCAR)

O besteirol é um gênero cinematográfico muito típico dos EUA - quem nunca assistiu a clássicos como Apertem os cintos o piloto sumiu, Corra que a polícia vem aí ou Todo mundo em pânico ? Sem maiores preocupações com enredo ou argumento, apenas fazer rir, algumas destas produções se destacam de outras pelo talento dos atores, pela paródia criativa ou, obviamente, pelas piadas e situações cômicas.
Ricky Bobby - A toda velocidade (Talladega Nights - The Ballad of Ricky Bobby Columbia Pictures, 2006) é sem dúvidas uma dessas exceções.

Ricky Bobby (Will Ferrell) tem um pai desajustado,  Reese Bobby (Gary Cole) que se diz "piloto de corridas semiprofissional e tatuador amador", meio outsider, cínico e velhaco. Abandonou a familia,e visita Ricky a cada dez anos (mais ou menos)... Sua filosofia de vida, "Se você não for o primeiro será o último", é o único "ensinamento" que passou ao filho.
O melhor amigo de Ricky é Cal Naughton Jr. (John C. Reilly), parceiro desde os tempos de escola. Unidos como a corda e a caçamba (shake and bake, no original), como eles próprios gostam de se chamar, acabam virando mecânicos de uma esculhambada e medíocre equipe da NASCAR.
Suas vidas mudam quando o piloto da equipe resolve parar no meio de uma corrida para comer um sanduíche de frango, sabendo não ter a mínima condição de vitória. A equipe, sem outra opção, resolve colocar Ricky Bobby como piloto, que supreendentemente chega em terceiro.
Ricky, agora como piloto "revelação", começa a vencer, fica milionário. Se casa com uma fútil e interesseira maria gasolina, vai morar numa mansão com seus dois mimados e mal-educados filhos Texas Ranger (?!)  e Walker. Seu velho amigo Cal Naughton Jr  também agarra sua chance, virando segundo piloto, mas apesar da velha amizade, Ricky não permite que Cal o vença. De jeito nenhum.
A vidinha boa dos dois acaba quando Jean Girard entra na estória. Numa interpretação antológica , Sasha Baron Cohen (o ator de Borat), vive um piloto francês gay de Fórmula Um (uma baita "cutucada" na F1). Afetado, pernóstico e irônico,  lê Proust em plena corrida.
Veio à America com um único objetivo: vencer Ricky Bobby.

A comédia faz uma crítica bem sagaz e sutil ao american way of life, ao explorar algumas de suas fraquezas: a xenofobia e a homofobia; famílias degeneradas, a filosofia do "vencer acima de tudo, que se dane o resto", entre outras. Mas todas com muito bom humor e certa dose de non sense. O filme é, de certo modo, uma caricatura do célebre filme de Tom Cruise, Dias de Trovão (Days of Thunder)... 
Cruise é coincidentemente "homenageado" em uma hilária cena graças à sua ligação com a cientologia.

Ao contrário porém de Dias de Trovão, que evidencia a NASCAR, vemos em Ricky Bobby a categoria apenas como um mero cenário para as piadas impagáveis de Ferrel e Sasha Cohen. Destaco algumas delas:
A entrada de Jean Girard no enredo, num race bar, desafiando Ricky Bobby com um sotaque de fazer inveja a gambá de desenho animado; A sequência do "fogo invisível" e do hospital; As tentativas de Ricky voltar a dirigir com a ajuda do pai e seu "puma de estimação" e a surpreendente corrida final.

Participações especiais do piloto da NASCAR Dale Earnhardt Jr e dos cantores Mos Def e Elvis Costello.
O roteiro é co-assinado por Will Ferrel e Adam McKay (que faz uma ponta no filme).
A dublagem na versão brasileira merece elogios não só pelo talento de seus profissionais, mas também pela adaptação inteligente dos diálogos. Contribui muito para o resultado final.

Diferentemente dos "filmes de arte", as comédias besteirol são um "produto descartável", como a garrafa pet vazia depois de tomarmos um refrigerante num dia de verão. Pois é: o que vale é saborear...


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Além da Imaginação (Os projetos ousados e/ou incomuns na Fórmula Indy)

Eu adorava uma série de TV famosa no Brasil nos anos 80, chamada Além da Imaginação (The Twlight Zone).Cada episódio era composto de três estórias, com enredos criativos, que realmente desafiavam a imaginação.

Na Indy, ao longo dos anos, tivemos alguns exemplos de como a imaginação e ousadia caminham juntas (mas não necessariamente de forma veloz...). Vamos ver alguns deles:

Quarenta anos antes do Tyrrell P34, o Pat Clancy Special, de seis rodas

O primeiro monoposto de competição com seis rodas foi criado em 1948, especialmente para as 500 Milhas de Indianapolis. Seu conceito, de dois eixos traseiros e um dianteiro, foi baseado nos veículos pesados (caminhões/ônibus), no qual o torque é melhor distribuído e aplicado sobre quatro rodas motrizes.
O grande problema deste projeto era a instabilidade nas curvas e a pouca eficiência dos freios. 

Em 1976, a equipe de F1 Tyrrell lançou um modelo, o P34, com relativo sucesso (venceu o GP da Suécia). O carro contava com quatro pequenas rodas dianteiras, fabricadas sob encomenda pela Goodyear . Outras equipes na época testaram protótipos com quatro rodas traseiras, como os Williams FW07E / FW08D e o March 2-4-0. A Copersucar de Emerson Fittipaldi também chegou a desenvolver um projeto, sem colocá-lo nas pistas. A FIA proibiu o conceito de 6 rodas na F1 em 1978.

Apenas para os corajosos: o Hurst Floor Shift Special (Um side car na Indy 500)

Um dos mais estranhos carros de corrida de todos os tempos tentou se classificar para a Indy 500 de 1964, mas colidiu nos muros no último dia de classificação. Um projeto único, concebido por Smokey Yunick, inspirado nas motocicletas side car da Segunda Guerra Mundial. Apesar da aparente fragilidade do modelo, no acidente nas tomadas de tempo, o piloto não se machucou com gravidade.

É um pássaro ? Um avião ? Não, é o EAF DW2...

Outro projeto ousado que também não conseguiu alinhar para a largada na Indy 500 (de 1982), o EAF DW2 tinha nome e aparência de jato (desenvolvido pela Eagle Aircraft, especializada em aviões pulverizadores), mas seu voo foi curto, obtendo apenas o 47o. tempo entre outros 82 competidores.
A aerodinâmica equivocada do projeto simplesmente impedia a entrada de ar frontal ao propulsor nem favorecia o downforce nas curvas. Deve estar guardado em algum hangar no Idaho...

Lear Vapordyne, o carro a vapor

Este sequer chegou a participar de uma prova, mas seu criador, Billy Lear, soube capitalizar a importância da mídia ao anunciar seu projeto de inimagináveis 1000 HP (que ficaram apenas na promessa), ter como piloto  Jackie Stewart (não pode aceitar o convite por pressões da Ford) e, como se não bastasse, um carro  com motor a vapor para a Indy 500 de 1970. O bólido teria tração 4x4, com imenso torque e uma bela aerodinâmica, mas o conceito apresentou problemas incorrigíveis de arrefecimento e vedação do propulsor.

O último dos roadsters

O último monoposto de motor dianteiro a competir numa prova oficial (Pocono 500 de 1971) foi o Hurtubise's Mallard. Contrariando a tendência dos motores traseiros, surgida no início da década de 60, este carro foi a última tentativa de manter o conceito dos roadsters típicos dos anos 50 ainda competitivos.

O "V" que não era da Vitória

O que seriam aqueles dois aerofólios inclinados nas laterais do Parnelli-Offenhauser VPJ-1 ? 
Este estranho modelo de 1972, da equipe criada pelo lendário Parnelli Jones disputou algumas provas do campeonato da USAC com estes complementos aerodinâmicos, que não foram utilizados no carro que disputou as 500 Milhas daquele ano, guiado por Mario Andretti.

O geométrico Eagle 81

Linhas retas e formas triangulares dominam as formas deste carro que chamou a atenção do público nas 500 Milhas de 1981. Apesar do jeitão de "carro de autorama japonês", o projeto apresenta soluções  aerodinâmicas  muito similares aos do Brabham BT-52 de F1, do mesmo ano.

Interscope-Cosworth 03,  o Batmóvel de Danny Ongais

Há quem o chame de feio, e outros tantos que o achem bonito. É, sem dúvidas, um carro diferente.
Na edição das 500 Milhas de 1981, Danny Ongais quase perdeu a vida colidindo violentamente seu carro contra o muro, logo após retornar de um pitstop. Apesar da gravidade do acidente,  recuperou-se e disputou no ano seguinte a Indy 500 com um modelo semelhante, obtendo desta vez o nono lugar.

Por óbvias questões de regulamento da categoria (padronização de equipamentos, e sobretudo, segurança),  a Fórmula Indy de hoje não permite tais criações revolucionárias... 
Mas estes modelos do passado ilustram bem a capacidade imaginativa de alguns ousados projetistas.

domingo, 3 de outubro de 2010

A História da 'Fórmula Indy' - Quinta Parte

De volta para o futuro - A Era Indy Racing League (2008 até os dias atuais)
Visando conter seus custos através da padronização de equipamentos, a IRL utiliza um conjunto básico: Propulsores Honda, chassis Dallara e pneus Firestone. O etanol é brasileiro...
Uma consequência muito produtiva desta padronização é evidenciar o talento dos pilotos e sobressair a preparação dos carros pelas equipes. A categoria está atraindo as lentes da mídia como nos áureos anos ´90, capitalizando para sí a decepção causada por alguns descaminhos seguidos pela F1 nos últimos anos (jogo de equipe desfavorecendo pilotos brasileiros, batidas premeditadas, etc, sob as vistas grossas da FIA).

Os destaques destas temporadas iniciais da IRL unificada são  Dario Franchitti, Scott Dixon, Will Power. Os brasileiros Tony Kanaan (campeão em 2004) e Helio Castroneves (vencedor de três edições da Indy 500) são um show a parte: queridos pelo público (de todas as nacionalidades), rápidos e aguerridos.
Um fator importante para a categoria ficar cada vez mais em evidência no Brasil é a garantia por parte da IRL em manter a etapa nacional, a São Paulo Indy 300 no calendário até 2019. Disputada na capital paulista na região do Anhembi, inclui trecho no Sambódromo e a maior reta da Fórmula Indy, de 1,5 Km.

A partir de 2012, sob uma nova regulamentação e a introdução de novos chassis e equipamentos, a Indycar Series estará acompanhando as inovações tecnológicas e garantindo maior segurança aos pilotos.
Mesmo em velocidades próximas dos 400 Km/h - a mesma dos aviões prestes a alçar vôo.
Decola, Fórmula Indy !

TK e Castroneves, fazendo história na Indy
Danica, Simona, Ana Beatriz. Meninas voadoras.
Dario Franchitti, escocês de sangue italiano...
Projeto Dallara para a Indy 2012

A História da 'Fórmula Indy' - Quarta Parte

A Fênix dividida - A Era Indy Racing League X CART/Champ Car (1996-2008)
A IRL nasceu do idealismo de Tony George em 'resgatar a tradição do automobilismo americano', ou seja, padronização de equipamentos, redução de custos, preocupação com a segurança dos pilotos e, principalmente, focar as competições em circuitos exclusivamente ovais, nos moldes da NASCAR, onde obviamente a importância da Indy 500 teria seu merecido e incontestável destaque. Num outro enfoque, bem mais materialista, a razão fundamental para a cisão de Tony George com a CART dizia respeito ao reduzido retorno financeiro que a Indy 500 estaria recebendo da categoria, conforme os donos de equipe da época. Ele passou a critivar sistematicamente a CART, quaisquer fossem os motivos.
A criação da IRL não determinou o fim da CART em 1996, mas provocou o surgimento de um panorama indesejável ao automobilismo americano, principalmente no interesse do público e investimentos de publicidade em ambas categorias. Alheia à esta briga 'doméstica', a F1 se restabelece no foco do público mundial, em função de sua histórica isenção de 'turbulências administrativas' (sob as rédeas firmes da FIA e da FISA) e do 'advento Schumacher', após a traumática morte de Ayrton Senna.

Muitos se perguntam o que teria ocorrido se Senna tivesse aceitado o convite de Fittipaldi para competir na CART (Ayrton chegou a testar a Penske de Rick Mears no Arizona, a pedido de Emmo). Senna estava desmotivado e magoado com a F1, ao ser barrado na Willians por Alain Prost e gostou do teste com a Penske, em 1992.
Tenho comigo a certeza que Ayrton teria marcado seu nome na Indy. Mas Deus não quiz assim.
Vamos respirar fundo e voltar ao assunto...

O campeonato promovido pela IRL (de apenas 3 provas) e a própria Indy 500 em 1996 foi disputado por equipes pequenas, com equipamentos tecnologicamente ultrapassados e pilotos iniciantes. A fim de resguardar suas equipes inscritas, Tony George elaborou uma regra, denominada 25/8, onde apenas oito carros sem vínculo com a IRL poderiam participar das 500 Milhas de Indianápolis. A CART, como resposta, decide organizar uma prova rival a de Indianapolis, a US 500, em Michigan. A iniciativa se torna um fracasso comercial tanto em venda de ingressos como na questão de retorno publicitário.

Os trágicos acidentes de Greg Moore e Gonzalo Rodriguez  em 1999 chocam a América e  provocam  sérias críticas  à falta de segurança da CART, cada vez mais distante de suas origens e se espelhando diretamente na F1 (elevados custos, circuitos mistos, em vários países).
Pouco a pouco, as equipes da CART começaram a migrar para a IRL, principalmente após um fato envolvendo o brasileiro Helio Castroneves: Ao vencer a Indy 500 de 2001, a Penske não pôde ostentar o nome de seu principal patrocinador (Marlboro), apenas manteve o conhecido padrão de pintura em seus carros. Isso ocorreu porque a regulamentação americana de publicidade não permite o mesmo patrocinador para duas categorias distintas. Segundo comentários, esta vitória de Castroneves teria selado (involuntariamente, é claro) o destino da CART, pois os patrocinadores decidiram investir pesado na IRL.

O ano de 2001 marca ainda a primeira participação de um nativo americano, Cory Witherill, membro da nação Navajo em uma edição da Indy 500. Largou na antepenúltima posição e chegou em décimo-nono.

O inevitável acontece: em 2003, a CART declara sua falência. A IRL propõe a compra de seus bens, mas a justiça americana negou a proposta, abrindo caminho para a criação da sucessora da CART: a OWRS (Open Wheel Racing Series), posteriormente CCWS (Champ Car World Series) ou simplesmente Champ Car - apelido antigo dos carros de rodas expostas nos EUA. Aqui no Brasil, a categoria recebeu o nome esdrúxulo de Fórmula Mundial. Há um famoso vídeo no YouTube onde Adrian Fernandes pergunta a Téo José: "Cabrón, porque vocês a chamam assim ?..."

Outro importante fato, mas que à epoca, não despertou a devida atenção da mídia nacional:
Emerson Fittipaldi fundou em 2003 a primeira equipe brasileira na ´Fórmula Indy´. Mas com algumas ressalvas... A sede da equipe ficava em Indianapolis, e seu único piloto, o português Tiago Monteiro.
A Fittipaldi-Dingman Racing tinha como co-proprietário James Dingman e durou apenas uma temporada devido às turbulências financeiras da categoria, a Camp Car. Seu melhor resultado em corrida foi um sexto lugar no GP do México, onde obteve o 2o. melhor tempo geral de largada, tendo sido pole nas tomadas de  sábado. Pontuou entre os Top-10 cinco vezes e terminou a temporada em 15.o lugar no campeonato.
Nada mal para dois estreantes, a equipe e o piloto...

Em 2007, devido aos baixos investimentos dos patrocinadores, a Champ Car dá sinais claros de um fim próximo. No ano seguinte, declara falência, sendo unificada com a  IRL. Uma das equipes mais fiéis à CART/Champ Car, a Newman-Haas, relutou em ingressar na IRL, seguindo os ideais de seu fundador, Paul Newman. Por uma sublime ironia do destino, a equipe foi a vencedora do primeiro GP após a fusão das duas categorias, em Saint Petersburg.Os nomes que marcam esta época são:  Sam Hornish, Scott Dixon, Tony Kanaan, Helio Castroneves e a primeira mulher a liderar a Indy 500 (em 2005), Danica Patrick. Ela também se sagrou como primeira vencedora de um GP numa categoria top do automobilismo (Motegi, 2008)

Cory Witherill, primeiro nativo americano na Indy 500 (2001)

Senna testando a Penske no Arizona
A equipe Fittipaldi-Dingman nas pistas da Champ Car

Indy 500 de 1996: Nomes poucos conhecidos...
Christian Fittipaldi, Adrian Fernandez e Max Papis: Comoção por Greg Moore
Indy 500, 2007. Dividida pela última vez.

A História da 'Fórmula Indy' - Terceira Parte

O Apogeu - A Era CART (1979-2003)
A CART (Championship Auto Racing Teams) tinha sólidos principios democráticos: Seu corpo diretor era eleito pelos próprios donos de equipe, a organização dos eventos era distribuida de forma racional entre eles, bem como a pluralidade de escolha de motores, chassis e componentes.
Obviamente, a USAC tentou inúmeras formas de evitar a criação da categoria, desde ações judiciais até pedir a anulação dela junto à representação da FIA nos EUA, a ACCUS. Em vão. Em 1979, dois campeonatos nacionais distintos ocorreram na América, mas ao final deste, a USAC desiste da briga e passa a gerir apenas a Indy 500 por alguns anos, devido a questões jurídicas.
Um detalhe importante: como a AAA, a USAC também existe até hoje, e, entre outras coisas,organiza  um  peculiar campeonato de gaiolas, que nada mais são do que a continuidade das famosas Silver Crowns (Campeonatos de Pista  de Terra), típicos dos tempos dos roadsters.
Veja mais detalhes em http://www.usacracing.com/ As Golden Crowns, termo para definir os campeonatos em ovais asfaltados, caiu em desuso já no final dos anos ´70.
Na primeira metade da década de ´80, a CART manteve sua essência de uma categoria americana, pois poucos pilotos estrangeiros tentaram fazer a América. O ingresso tímido de Emerson Fittipaldi, em 1984, despertou um interesse semelhante ao ocorrido nos anos ´60 (a invasão britânica), mas agora tratava-se de uma invasão mundial, com pilotos de vários países. Nomes como Al Unser Jr, Rick Mears, Bobby Rahal, Nigel Mansell, André Ribeiro, Alex Zanardi, Paul Tracy, marcam a história da CART.

Apesar da mídia mundial propalar aos quatro ventos o ingresso de Lewis Hamilton na F1 em 2007, o primeiro afro-descendente numa categoria top fez sua estréia na CART, em 1990. Willy T. Ribbs. construiu sua carreira na Europa (F-Ford Dunlop Series, onde foi campeão em 1975), mas optou em correr nos EUA mesmo após testar a Brabham F-1 no início dos anos ´80. Em 1991, escreveu definitivamente seu nome na história do esporte automotor ao se qualificar na Indy 500.

Nos anos ´90, a CART chega ao auge, rivaliza com a F1 como categoria top no automobilismo, expandindo suas fronteiras para a América Latina (México e Brasil), Austrália, Japão, Canadá e Europa (Inglaterra, Bélgica e Alemanha). Como consequência direta e indesejável, os custos da categoria em termos de orçamento estavam muito próximos aos da F1 (onde as equipes encontram o respaldo financeiro quase inesgotável das montadoras). Na verdade, a CART estava se espelhando demais na F1, enfatizando os circuitos mistos e minimizando a importância dos ovais, principalmente a Indy 500. Um paradoxo perigoso, pois o próprio público americano (e muitos patrocinadores também...) estavam fartos de verem tantos estrangeiros invadirem (e ganharem) na categoria, onde predominavam os circuitos mistos e de rua.
Em 1996, seguindo o exemplo de seu avô Tony Hulman, um certo Tony George, herdeiro do Indianapolis Motor Speedway, rompe com a CART e cria sua própria categoria, a IRL.

The fab four: Rick Mears, A.J. Foyt, Al Unser e Johnny Rutherford
Willy T. Ribbs, um pioneiro.
Rick Mears e sua Penske-Pennzoil. Marcando época.
Bobby Rahal, mais uma lenda.

A História da 'Fórmula Indy' - Segunda Parte

Os Anos Heróicos - A Era USAC (1956-1979)
A USAC (United States Auto Club), nova organizadora da categoria, foi idealizada por Tony Hulman, em função do amadorismo que sua antecessora (AAA) geria as competições (e pelas tragédias ocorridas em 1955, já citadas).Os historiadores do esporte automotor americano afirmam que a Indy, como campeonato de fato, nasce neste ano. Hulman priorizou questões de segurança, mas seu foco principal eram a imagem e o marketing sobre a Indy 500. Soube explorar como ninguém a televisão (que iniciava nas transimissões de corridas ao vivo), o uso de propagandas e o 'culto' às 500 Milhas, em diversas mídias.
Um período de muito arrojo, idéias revolucionárias e muitos acidentes. Muitos sobrenomes se tornaram mitos, como Foyt, Andretti, Unser, Rutherford...
O conceito dos carros era baseado nos Roadsters de enormes motores dianteiros, robustos e vigorosos Offenhauser (os famosos Offy, apelido carinhoso criado pelos pilotos).
Ironicamente após a FIA retirar a Indy 500 do calendário da F1, muitos pilotos europeus - principalmente britânicos - começaram a participar intensamente. Os carros da equipe de Colin Chapman, a renomada Lotus, além de muito sucesso, fez os motores dos carros americanos passarem para a parte de trás, seguindo a tendência mundial para monopostos. Sem contar o uso de turbinas de helicóptero, utilizadas pelos incríveis Lotus 56, os famosos Lotus Turbina, aerodinâmicos, rápidos e lindos.
Um nome a ser lembrado: Andy Granatelli. Dono de uma marca de lubrificantes muito associada à competições de automóveis, a STP (Scientifically Treated Petroleum). Criou sua própria equipe, onde três de seus carros e pilotos marcaram época: Parnelli Jones com seu bólido de desenho nada convencional, movido a turbina em 1967 (que perdeu a Indy 500 nas quatro ultimas voltas devido um problema mecânico);Mario Andretti, que venceu em 1969 sua única Indy (e foi campeão nacional neste ano, a bordo de um Brawner-Hawk) e Gordon Johncock, vencedor da tumultuada Indy 500  de 1973. Um dos mais belos carros de competição de todos os tempos, o STP Plymouth-Gerhardt Super Wedge, de linhas arrojadas e aerodinâmica inspiradora aos carros atuais, só não foi um grande vencedor no ano de 1969 devido a problemas de falta de potência em seu propulsor - para o desânimo de Granatelli.

Seis anos depois da proibição do acesso de mulheres às áreas de garagens, uma mulher alinha seu carro entre outros 32 nas 500 Milhas de 1977. Seu nome, Janet Guthrie. Chega em nono lugar, para marcar de vez a presença feminina na Indy. Depois dela, viriam Lyn St. James, Sarah Fisher, Danica Patrick...

A USAC geriu os campeonatos sem maiores turbulências até o final da década de ´70, quando a morte de Tony Hulman em 1977 deixou uma insubstituível lacuna. Para complicar ainda mais,  o desaparecimento de vários membros do alto escalão da USAC, num acidente aéreo meses mais tarde,  precipitou o fim. da  entidade na administração do campeonato.  Na verdade, os pilotos e donos de equipe clamavam por mudanças na categoria já a algum tempo, sem serem atendidos. As principais reinvidicações eram o 'subsídio' na compra dos Ford-Cosworth DFV, mais modernos e potentes do que o ultrapassado Offenhauser, e principalmente, maiores participações nas cotas de direitos de transmissão, que estavam praticamente estagnados desde quando a TV era uma coisa nova no mundo das corridas.
Declarando-se descontentes com os incertos rumos que a USAC sem Tony Hulman pareciam seguir, os donos de equipes fundaram em 1978 a CART, com base no White Paper de Dan Gurney, o livrinho branco que traçava os principais fundamentos da nova categoria.
O roadster de A.J. Foyt
Tony Hulman e Tony George (aprendendo tudo com o vovô)
Andy Granatelli e seu STP-Turbine de 1967
STP-Plymouth Gerhardt Super Wedge. The Beautiful One.
Janet Guthrie, a pioneira

domingo, 26 de setembro de 2010

A História da 'Fórmula Indy' - Primeira Parte

Antes de mais nada, algumas considerações:
O termo "Fórmula Indy" só existe no Brasil. Foi criado nos anos ´80, quando as primeiras transmissões da então CART começaram a ser exibidas - graças à Emerson Fittipaldi - pela TV Bandeirantes. Não encontrei informação a respeito, mas não tenho dúvidas se quem 'batizou' a categoria com este nome tenha sido o próprio Emmo... (Embora, por precaução, Tony George tenha sob seu poder todas as variações possíveis e imagináveis envolvendo o nome Indy. Inclusive Formula Indy)
Nos EUA, os autódromos são privados, ou seja, não estão vinculados à governos municipais ou estaduais. Indianápolis foi idealizado, construído e é mantido por particulares. Graças a Deus...

Não é uma tarefa muito fácil condensar quase 100 anos de história tão rica e fascinante em algumas linhas, mas vamos lá:

A história das competições de monopostos de rodas expostas nos EUA é singular, pois ela tem uma mãe e um pai. A mãe se chama Indianapolis Motor Speedway. O pai, Tony Hulman.

A Gênese - A Era AAA (1902-1955)
No começo do século XX, na Europa, as competições com um invento novo e desafiador chamado automóvel ocorriam em estradas esburacadas e tortuosas, onde se ofereciam valores em dinheiro ao vencedor (daí o termo "Grande Prêmio" para as corridas). Na América, um grupo de visionários liderados por Carl Fisher desenha um grande oval num descampado. Inspirados pelas mais óbvias formas geométricas, mal sabiam estes aventureiros o que o destino reservava àquelas duas retas e quatro curvas à esquerda.
A nascente indústria automobilística americana pretendia testar seus protótipos em um ambiente livre de trãnsito, em condições supostamente seguras (não havia cinto de segurança...) e onde fosse possível alcançar a velocidade limite, o máximo do desempenho. É bom lembrar que Indianapolis fica a uma distância razoável de Detroit, berço das principais montadoras, o que favorecia o deslocamento para testes.
Em Indianapolis, pacata cidade de Indiana, começam as obras do grande circuito de 2,5 milhas (quase 4 Km), idealizado por Carl Fisher. Em 1909 o circuito foi concluído e a primeira edição das famosas 500 Milhas de Indianápolis ocorreu em 1911, organizada pela AAA (American Automolbile Association), tendo como vencedor Ray Harroun com 120,060 km/h de velocidade média.
A data escolhida para a realização das 500 Milhas é o domingo logo após o Memorial Day, dia que a América reverencia seus soldados mortos nas guerras que o país participou. Quem dera a nossa FEB tivesse tamanho reconhecimento...
O pavimento original do circuito era todo de tijolos.
Descobri outro dia, por mero acaso, que os tijolos usados na pavimentação original são de uma simpática cidadezinha do estado de Indiana, chamada Brazil... Portanto, não é de todo errado afirmar que os tijolos mais famosos do automobilismo mundial são Made in Brazil.
O termo Brickyards é um sinômimo para Indianapolis, que só teve sua pista asfaltada em 1961, já sob administração da USAC.
A AAA foi a primeira entidade a gerir um campeonato nacional de automóveis nos EUA, e existe até hoje. O site é http://www.aaa.com/ . Sua atuação é muito similar ao nosso Touring Club do Brasil.
Nos anos de 1917 a 1918 as competições foram interrompidas em decorrência da 1a. Guerra Mundial e de 1942 a 1945 em virtude da 2a Guerra Mundial. Nesta interrupção, o circuito ficou abandonado, e suas instalações e pista ficaram quase inutilizadas.
Uma relevante informação: Em 1945, Tony Hulman adquire o Indianapolis Motor Speedway.  
Os campeonatos incluem além dos ovais, circuitos mistos, corridas entre cidades (estradas) e provas de subida de montanha. As Dirt Tracks, (Pistas Sujas) eram ovais em circuitos de terra. Faziam plenamente juz a seu nome. Mas se havia um tipo de pista temerária, estas eram as board tracks, circuitos ovais com pistas de... tábuas de madeira. Imagine o grau de risco em girar a 200 Km/h sobre um circuito inclinado, sem guard-rails, com pouquíssima aderência... O problema mesmo era quando uma viga de madeira quebrava. Também chamadas de Motordrome, logo um infame trocadilho surgiu: Murderdrome (nem precisa traduzir).
A Fórmula 1, criada na Europa, incluiu a prova de Indianapolis nos calendários de 1950 (ano que surgiu) até 1960, mas poucos pilotos da categoria se dispunham a participar. Nos comentários maldosos da época, dizia-se que faltava à eles uma certa dosa extra de coragem... E que seus carros não eram competitivos nem resistentes para vencer uma corrida tão longa.
Dois fatores determinaram a saida da AAA: Um gravíssimo acidente ocorrido em 1955 nas 24 Horas de Le Mans, onde numa colisão, um carro explodiu nas arquibancadas, matando o piloto e 84 espectadores, e o impactante e fatal acidente de Bill Vukovich, nas 500 Milhas do mesmo fatídico ano. O carro de Vukovich capotou várias vezes e se incendiou fora da pista, matando instantâneamente seu piloto. Assustada com estas tragédias, e mais do que isso, com suas terríveis consequências, a AAA se retira das competições.

Carl G. Fisher e seu sonho
Tijolos Made in Brazil, Indiana, USA...
Ray Harroun, primeiro herói da Indy 500
As temíveis board tracks
As instáveis dirt tracks

domingo, 5 de setembro de 2010

"500 Milhas" ("Winning") 1969 - Universal Pictures (Quando Paul Newman descobre sua paixão pelo automobilismo)

Esporte e Cinema.
A Sétima Arte tem  produzido belos e memoráveis filmes sobre o automobilismo (e acho que já assisti a quase todos), como Grand Prix, de 1966,  tido por muitos como a melhor produção já realizada sobre o tema; As 24 Horas de Le Mans, com o inesquecível Steve McQueen; Um Homem e Uma Mulher, do mestre Claude Lelouch, obra-prima da nouvelle vague francesa e 500 Milhas (Winning), com o insuperável Paul Newman. Deixo aqui uma importante ressalva: este é o meu filme favorito... Vou tentar escrever um texto mais ou menos isento de maiores tendencionismos. Ou quase... 
Winning no título original, filme de 1969, da Universal Pictures.
500 Milhas no Brasil, A Grande Corrida em Portugal, Virages na França, Indianapolis Pista Infernale na Itália, 500 Millas na versão em língua espanhola...
Seja lá em qual idioma, é um filme espetacular. Narra a vida de um corredor americano, Frank Capua,  vivido por Paul Newman, um sujeito meio introspectivo, obcecado por vitórias, e suas corridas em diversas categorias no automobilismo  na América dos anos sessenta: CamAm (Esporte-Protótipos), Stock Cars (cenas antológicas com uns Galaxie duas portas) e USAC, os famosos Indy Cars.
Joanne Woodward, esposa de Newman na vida real, atua como Elora, uma típica americana dos  anos 60: Separada, mãe de um adolescente, buscando sua felicidade e satisfação no casamento com  Capua; Lou Erding, personagem de Robert Wagner, é o amigo/adversário nas pistas (e fora delas também...).
Está formado o triângulo que move o enredo...

O grande trunfo do filme, na minha humilde opinião, é prender a atenção daqueles loucos por corridas (meu caso) e quem mais estiver assistindo junto (esposas, namoradas, mães e etc. dos caras que são loucos por corridas). 
Ok, ok. Tem muito marmanjo que vai chiar: "Pô, botaram um monte de cena de romance, eu queria ver é corrida..." Garanto que nenhum documentário vai retratar o que é a vida de um piloto - suas frustrações, a pressão, ser "adorado" por uma multidão e depois se ver sozinho, abraçado a um troféu...
A maior parte das cenas de corrida em Indianapolis são das 500 Milhas de 1968, e alguns pilotos reais participam como "atores", vivendo seus "próprios personagens": Dan Gurney, Bobby Unser,Roger McCluskey,  Bobby Grimm.
O lendário Tony Hulman, dono do Indianapolis Motor Speedway, também faz sua devida participação.
As cenas do acidente na bandeira verde, com direito a rodas voando na arquibancada, são reais, da edição de 1966, que feriu vários espectadores.
A trilha, de Dave Grusin, ajuda a compor o clima do filme, em arranjos instrumentais bem característicos da época para as produções de Hollywood.

Não pretendo contar muito aqui, pois prefiro que cada um assista e faça sua própria crítica. Mas destaco algumas cenas memoráveis, maravilhosas:
                                      
A cena inicial, uma corrida de CamAm, com o tema musical ao fundo (o ringtone do meu celular), a vitória, a vibração do público...
Paul Newman está realmente pilotando em algumas tomadas.
Expressão pura da 'era romântica' no automobilismo.

Uma volta num carro de passeio, pelo circuito de Indianápolis. Fica nítido que Newman não está representando - ele está fazendo o que qualquer um de nós faria, feliz da vida, se tivesse tal oportunidade...Será que esta cena estava mesmo no roteiro ? 
O devaneio num pitstop em plena Indy 500,com belas cenas em slow de carros em drift, os boxes, a ousadia dos pilotos, a velocidade e a fragilidade dos carros da época.
Cenas incríveis, que representam bem o espírito de Indianapolis.
Pit Stop and Race Laps Scenes at Indy - "Winning"(1969)/Cenas de Box e Corrida-"500 Milhas"(YouTube)


Após encarnar Frank Capua, Paul Newman trouxe muito do personagem para a vida real..
Apaixonou-se pelo mundo das competições, tornou-se piloto. Anos mais tarde, dono de equipe.
Disputou sua primeira corrida como piloto (categoria GT)  em 1972,  nos EUA.
Correu as famosas 24 Horas de Le Mans de 1979, obtendo um excelente (e surpreendente) segundo lugar,  a bordo de uma Porsche 935. Venceu sua primeira prova em 1983, na categoria TransAm.
Em 1991, com seu amigo Carl Haas, criou a Newman-Haas, equipe que está presente até hoje na IRL e conquistou oito títulos na Indy/ChampCar e participou também na CanAm.
Pilotos de renome guiaram pela equipe, como Mario e Michael Andretti, Nigel Mansell, Christian Fittipaldi, Cristiano da Matta, Sèbastian Bourdais.
Aos setenta anos,  tornou-se o piloto mais velho a vencer uma prova importante, as 24 Horas de Daytona, em 1995.

Ao ver a extensa e triste lista de pilotos que perderam a vida nas pistas, como Greg Moore, Gilles Villeneuve, Art Pollard, François Cèvert, Ayrton Senna, lamento profundamente que um objeto de uns 8 centímetros, branco, e que pode ser facilmente ser esmagado com as mãos tenha tirado a vida de Paul Newman: o maldito cigarro. Sou ex-fumante e sei bem o mal que o tabagismo representa.
Newman faleceu em decorrência de um câncer pulmonar,em 2008.

Nosso eterno campeão Emerson Fittipaldi, em seu livro Uma vida em alta velocidade (Editora Objetiva, 2003) escreveu sobre Paul Newman:
"...No meio daquela temporada (1975), Niki e eu participamos de uma corrida de Stock Cars da série IROC (International Race of Champions) em Riverside, nos Estados Unidos. Quem estava testando os carros era um sujeito boa-pinta, de olhos azuis. Quando o reconheci, não acreditei: Era Paul Newman. Ele gostava tanto de automobilismo que se divertia testando os nossos carros. Andava muito rápido, e eu e Niki Lauda ficamos observado sua performance e marcando o seu tempo. Não me lembro exatamente qual era, mas o fato é que Niki pegou o carro, saiu para a pista e não conseguiu superar o tempo de Paul de jeito nenhum. Fiquei gozando a cara dele: 
- Paul Newman é mais rápido que você !...
Peguei o carro, crente que ia abafar, mas também não consegui fazer a primeira volta no mesmo tempo que Paul. Claro que não podíamos deixar a coisa assim e, depois de duas ou três tentativas, acabamos fazendo o mesmo tempo. Paul adorou aquela pequena competição e, a partir de então, ficamos amigos. Mais tarde, Paul se tornou dono de escuderia na Fórmula Indy e, coincidentemente, meu sobrinho Christian acabou correndo nela durante vários anos."

Para a minha filha, e para todas as crianças (de qualquer idade...), Paul Newman é a voz do juiz Doc Hudson, um carro de corridas no passado, mas devido a um acidente, abandonou as competições, no  divertido filme de animação Carros (Cars, Pixar-Disney, 2006).

 O conselho que ele dá para um novato nas pistas vale para todos:  
Um troféu é só uma taça vazia... 


Um detalhe, uma curiosidade me chamou a atenção durante o filme: Não teria Niki Lauda, o grande tricampeão de F1 se inspirado em Frank Capua, ao "copiar" seu capacete ?