domingo, 15 de agosto de 2010

Um dia no Museu...

Domingo.
Curitiba não tem praia - tem parques. Muitos. Bonitos.
O maior e mais badalado deles, o Parque Barigui. Inúmeros metros quadrados de verde, a poucos quilômetros do Centro. Nele, um dos melhores museus de automóveis do país.

Museu do Automóvel de Curitiba  http://www.museuautomovel.com.br/
Situado na Avenida Cândido Hartmann 2300, abre de terça a sexta das 0200pm às 0500pm e nos finais de semana das 1000am às 1200am / 0200pm às 0530pm.
Eu e meu cunhado deixamos as mulheres e as filhas (a minha é fã da Danica) tomando um solzinho e por apenas R$ 5,00 ficamos babando até extinguir a saliva.

Logo no primeiro saguão, um farto e interessante acervo de diferentes categorias de automobilismo doado pelo piloto Mauricio Gugelmin http://www.gugelmin.com/index.html  (nascido em Joinville/SC, mas curitibano de coração).
Big Mo - como é chamado carinhosamente pelos americanos - se destacou primeiramente na F1, pilotando um March/Leyton House, qual o qual obteve como melhor resultado um terceiro lugar no GP Brasil de 1989 (e, no mesmo ano, foi protagonista de um espetacular acidente no GP da França, ficando de cabeça para baixo em meio aos demais carros que passavem em alta velocidade. Escapou ileso e na relargada, ainda fez a melhor volta da corrida...).
Em 1993, troca a F1 pela Indy, vencendo em 1997 o GP de Vancouver e em 2001 o GP de Cleveland (sem contar que por pouco não venceu a Indy 500 em 1995).
Em vitrines, capacetes, troféus, bonés, fotos e até miniaturas dos carros que Mauricio pilotou. Até mesmo o famoso macacão do tempo da PacWest com as cores do patrocinador Hollywood - famoso por um comercial que marcou os anos 90 - está ali, pendurado na parede.

O próximo saguão é composto por carros esporte (deu vontade de fazer ligação direta naquela Willys Interlagos vermelha...) e curiosos como a inacreditavelmente pequena e frágil Romi-Isetta. Já imaginou uma delas grudada nos párachoques dos caminhões na Marginal do Tietê, na hora do rush ? Melhor não...
Dodge Polara 1800... Há quanto tempo não via um "pessoalmente". Há os indefectíveis fusquinhas, Cadillacs, Pontiacs, Dodges e Chevies dos anos 50, enormes, cheios de estilo e de aço. Seus motores eram verdadeiras obras de arte.
Uma solitária e deslocada Harley Davidson, um carro anfíbio do tempo da Segunda Guerra e um simpático Chrysler (com cara de mau) do governo do estado convivem pacificamente.Já se acostumaram aos flashes.

Vamos ao que interessa: 
As estrelas deste museu (sem menosprezar os demais carros, é claro) são vermelhas e brancas. E muito velozes. Lindas, cada uma à seu tempo. Cheias de estórias com cheiro de pneu queimando, gasolina e asfalto derretendo. No museu há mais tempo, doada pelo próprio Rato, uma McLaren-Ford M23, de 1974, ano do bicampeonato de Emerson. A pintura está perfeita, o carro parece querer voltar a Watkins Glen, Zandvoort... Ainda bem que não contaram pra esta McLaren como a F1 anda hoje em dia: joguinho (sujo) de equipe, quem tem mais quota de patrocinio dá as cartas, batidas de propósito em muros indefesos pra manipular resultados... Não, minha cara M23, fica aí mesmo.
A outra estrela é mais jovem. Uma PacWest Nextel Toyota  da CART IndyCars. Menos vitoriosa, é verdade, mas É LINDA. Engraçado como 'ao vivo' os Indy parecem maiores e mais baixos do  que aparentam ser. Esta PacWest foi doada pelo Gugelmin há uns dois anos atrás, e é impossível resistir à este carro.
Por (muito) pouco não fiz uma besteira.

Eu e meu cunhado então empurramos o queixo pra cima e volltamos às nossas esposas e filhas. Mas, no fundo, éramos dois meninos, sonhando (acordados) com aqueles fantásticos brinquedos de metal...

Macacões do Big Mo

 
Troféus na IndyCars (em destaque, o 3o. lugar em Laguna Seca)

Memorabilia...

Parte do acervo dos esportivos

Willys-Interlagos...

PacWest Toyota Nextel. Linda.

 Mclaren-Ford M23 do Rato. Histórica.

Vizinhos ilustres...

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