quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PRIMEIRO SORTEIO DO BLOG!





Para iniciar 2011 com o pé direito (o pé do acelerador...), estou realizando o primeiro sorteio do blog:

Uma miniatura do CAMARO SS, Pace Car da Indy 500 - 2009

Regras para participar:

1) Ser seguidor (a) público (a) do blog
2) Ter endereço de entrega no Brasil
3) Preencher o formulário abaixo ( No campo nome, coloque seu nome de seguidor):


Inscrições até: dia 31 de janeiro de 2011 às 22:00h

Resultado: dia 01 de fevereiro de 2011 (terça-feira)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ricky Bobby - A Toda Velocidade (Uma divertida caricatura sobre a NASCAR)

O besteirol é um gênero cinematográfico muito típico dos EUA - quem nunca assistiu a clássicos como Apertem os cintos o piloto sumiu, Corra que a polícia vem aí ou Todo mundo em pânico ? Sem maiores preocupações com enredo ou argumento, apenas fazer rir, algumas destas produções se destacam de outras pelo talento dos atores, pela paródia criativa ou, obviamente, pelas piadas e situações cômicas.
Ricky Bobby - A toda velocidade (Talladega Nights - The Ballad of Ricky Bobby Columbia Pictures, 2006) é sem dúvidas uma dessas exceções.

Ricky Bobby (Will Ferrell) tem um pai desajustado,  Reese Bobby (Gary Cole) que se diz "piloto de corridas semiprofissional e tatuador amador", meio outsider, cínico e velhaco. Abandonou a familia,e visita Ricky a cada dez anos (mais ou menos)... Sua filosofia de vida, "Se você não for o primeiro será o último", é o único "ensinamento" que passou ao filho.
O melhor amigo de Ricky é Cal Naughton Jr. (John C. Reilly), parceiro desde os tempos de escola. Unidos como a corda e a caçamba (shake and bake, no original), como eles próprios gostam de se chamar, acabam virando mecânicos de uma esculhambada e medíocre equipe da NASCAR.
Suas vidas mudam quando o piloto da equipe resolve parar no meio de uma corrida para comer um sanduíche de frango, sabendo não ter a mínima condição de vitória. A equipe, sem outra opção, resolve colocar Ricky Bobby como piloto, que supreendentemente chega em terceiro.
Ricky, agora como piloto "revelação", começa a vencer, fica milionário. Se casa com uma fútil e interesseira maria gasolina, vai morar numa mansão com seus dois mimados e mal-educados filhos Texas Ranger (?!)  e Walker. Seu velho amigo Cal Naughton Jr  também agarra sua chance, virando segundo piloto, mas apesar da velha amizade, Ricky não permite que Cal o vença. De jeito nenhum.
A vidinha boa dos dois acaba quando Jean Girard entra na estória. Numa interpretação antológica , Sasha Baron Cohen (o ator de Borat), vive um piloto francês gay de Fórmula Um (uma baita "cutucada" na F1). Afetado, pernóstico e irônico,  lê Proust em plena corrida.
Veio à America com um único objetivo: vencer Ricky Bobby.

A comédia faz uma crítica bem sagaz e sutil ao american way of life, ao explorar algumas de suas fraquezas: a xenofobia e a homofobia; famílias degeneradas, a filosofia do "vencer acima de tudo, que se dane o resto", entre outras. Mas todas com muito bom humor e certa dose de non sense. O filme é, de certo modo, uma caricatura do célebre filme de Tom Cruise, Dias de Trovão (Days of Thunder)... 
Cruise é coincidentemente "homenageado" em uma hilária cena graças à sua ligação com a cientologia.

Ao contrário porém de Dias de Trovão, que evidencia a NASCAR, vemos em Ricky Bobby a categoria apenas como um mero cenário para as piadas impagáveis de Ferrel e Sasha Cohen. Destaco algumas delas:
A entrada de Jean Girard no enredo, num race bar, desafiando Ricky Bobby com um sotaque de fazer inveja a gambá de desenho animado; A sequência do "fogo invisível" e do hospital; As tentativas de Ricky voltar a dirigir com a ajuda do pai e seu "puma de estimação" e a surpreendente corrida final.

Participações especiais do piloto da NASCAR Dale Earnhardt Jr e dos cantores Mos Def e Elvis Costello.
O roteiro é co-assinado por Will Ferrel e Adam McKay (que faz uma ponta no filme).
A dublagem na versão brasileira merece elogios não só pelo talento de seus profissionais, mas também pela adaptação inteligente dos diálogos. Contribui muito para o resultado final.

Diferentemente dos "filmes de arte", as comédias besteirol são um "produto descartável", como a garrafa pet vazia depois de tomarmos um refrigerante num dia de verão. Pois é: o que vale é saborear...